A partir das 13 horas desta quinta-feira (17), a Justiça Estadual deu início ao julgamento do policial militar Igor Moreira da Silva, réu no processo sobre a morte do universitário Jean Pierre Otero Lazzarini, ocorrida no dia 25 de dezembro de 2017, uma manhã de Natal. O militar, que está preso preventivamente há mais de um ano no quartel da PM em Maruípe, em Vitória, foi a júri popular no Fórum de Vila Velha.
O estudante, na época com 27 anos, foi morto com três tiros nas costas após uma abordagem policial no bairro Araçás. Igor foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil e uso de meio que impossibilitou a defesa da vítima e fraude processual. As investigações do caso foram concluídas em julho do ano passado pela Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Vila Velha e enviadas à Justiça, que aceitou a denúncia proposta pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
Os advogados da família da vítima e do acusado, Homero Mafra e Marcos Farizel, respectivamente, confirmaram à reportagem de A Gazeta na manhã desta quinta-feira (17) que o júri seria iniciado no início da tarde e a previsão é que a sentença pudesse ser dada a partir do fim da tarde. Por volta das 16h, o advogado e assistente de acusação, Homero Mafra, informou que o réu já estava sendo interrogado.
Por volta das 10h, o magistrado abre uma sessão virtual apenas para sortear os jurados. Esta etapa tem ocorrido de forma virtual e antecipada por conta da pandemia do novo coronavírus, para evitar que os selecionados se desloquem sem necessidade até o palco do júri. De um grupo de 21 pessoas, são sorteados 7 jurados. Destes, defesa e acusação podem vetar e pedir o sorteio de outros três jurados cada.
Já às 13 horas, o juiz deu início ao júri presencial no Fórum de Vila Vela. Na sequência, seis testemunhas escolhidas pelas respectivas defesas, sendo três de cada parte, iniciam os depoimentos. Após as oitivas testemunhais, é a vez do réu, o militar Igor Moreira da Silva, falar aos presentes. Depois é iniciada a fase de debate entre a acusação e a defesa. Após essa fase, os jurados votarão pela condenação ou absolvição do réu, para em seguida o juiz anunciar a sentença.
Devido à pandemia, os familiares de Jean Pierre e do policial militar Igor Moreira da Silva não poderão estar presentes no júri. Apenas as partes de defesa e acusação, o réu, Ministério Público Estadual, o juiz e os jurados estarão no fórum.
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