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Empresário condenado pela morte de Gabriela Chermont no ES sai da prisão

Empresário condenado pela morte de Gabriela Chermont no ES sai da prisão

Ele estava preso desde novembro de 2020, quando foi condenado a 23 anos de reclusão; STF determinou que ele fosse solto enquanto recurso da defesa é julgado

Publicado em 4 de agosto de 2021 às 21:17

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Gabriela Chermont morreu na madrugada de 21 de setembro de 1996
Gabriela Chermont morreu em setembro de 1996 e crime só foi julgado após 24 anos. (Arquivo da família)

O empresário Luiz Cláudio Ferreira Sardenberg – condenado a 23 anos e três meses de prisão pela morte da ex-namorada Gabriela Chermont – deixou o presídio na noite desta quarta-feira (4). A informação foi passada pela Secretaria Estadual de Justiça (Sejus), responsável pelo sistema prisional capixaba.

Desde o dia 13 de novembro do ano passado, ele estava detido na Penitenciária de Segurança Média I, que fica em Viana. Entretanto, na terça-feira (3), a sexta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pela liberdade dele enquanto o recurso já apresentado pela defesa é julgado.

O advogado do empresário, Raphael Câmara, destacou que o habeas corpus foi concedido por unanimidade de votos. "A defesa demonstrou que Luiz Cláudio é inocente e que a prisão era desnecessária. As provas técnicas apresentadas pela Polícia Civil demonstram que a jovem se matou", afirmou à reportagem.  

A Gazeta tentou contato com a família de Gabriela Chermont, sem sucesso. Na época em que saiu a condenação e o empresário foi levado para a prisão, a mãe da vítima, Eroteides Regattieri, destacou que ele estava tendo "a reação adequada à ação dele" e que finalmente havia honrado a memória da filha.

Empresário condenado pela morte de Gabriela Chermont no ES sai da prisão

QUEDA DE UM HOTEL E JÚRI ADIADO NOVE VEZES

Aos 19 anos, Gabriela Regattieri Chermont morreu após cair do 12º andar de um hotel localizado na Mata da Praia, em Vitória, durante a madrugada de 21 de setembro de 1996. O ex-namorado Luiz Cláudio estava no quarto. 

À época, um exame toxicológico apontou que ele tinha feito uso de cocaína e álcool. Para a família da vítima, esses fatores poderiam ter contribuído para a ação violenta do acusado. Já a defesa dele afirma que a jovem cometeu suicídio e que o casal teve um relacionamento saudável de quatro anos.

Adiado por nove vezes, o júri popular sobre o caso durou três dias e só aconteceu em novembro do ano passado, no Fórum Criminal de Vitória. Na ocasião, foram ouvidas 12 testemunhas, além do próprio acusado. Os sete jurados consideraram Luiz Cláudio Ferreira Sardenberg culpado pelo homicídio e o juiz deu  a pena de 23 anos e 3 meses de prisão.

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