As empresas envolvidas no ‘golpe do consórcio’ se comprometeram a restituir os valores de contratos firmados no Espírito Santo e encerrar todas as atividades em solo capixaba. Elas faziam venda irregular de consórcios e cartas de crédito por meio de uma empresa de Linhares, no Norte do estado. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (17) pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
As vítimas que manifestarem interesse, vão receber os valores pagos integralmente, sem descontos e sem a necessidade de ação judicial. Para isso, deverão fazer contato diretamente com as empresas. As pessoas estão sendo contactadas pessoalmente, por telefone, com gravação da conversa para comprovar o contato da empresa.
A decisão aconteceu por meio de ação do MPES, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Norte) e da Promotoria de Justiça Rio Bananal. A descoberta dos crimes se deu durante a Operação Fraus 2, deflagrada em 13 de setembro
O objetivo da Operação, segundo o MP, foi apurar a existência de organização criminosa responsável pela venda irregular de consórcios e cartas de crédito. A investigação comprovou que uma empresa que administra grupos de consórcios e localizada em Caratinga, Minas Gerais, comandava a organização criminosa, fazendo parcerias com empresas locais em diversas cidades, para a comercialização de supostas cartas de crédito.
No estado, o Ministério contou que a empresa do Norte capixaba "tinha a função de induzir ao erro as vítimas/consumidores com a falsa promessa de concessão de créditos em nome da empresa mineira", explicou.
O golpe, de acordo com o MPES, era aplicado da seguinte forma:
Quando a empreitada criminosa alcançava seu objetivo, as vítimas depositavam os valores diretamente na conta da empresa de Caratinga/MG. Celebrado o contrato, o dinheiro ficava “preso” uma vez que na verdade se tratava de um grupo de consórcio.
No dia 13 de setembro, o MPES, por meio da Gaeco Norte e da Promotoria de Justiça Rio Bananal, cumpriu, dois mandados de prisão preventiva na cidade de Caratinga, em Minas Gerais, durante a Operação Fraus 2. As investigações comprovaram que uma empresa da cidade mineira, que administra grupos de consórcios, comanda a organização criminosa, fazendo parcerias com empresas locais em diversos municípios para a comercialização de suas supostas cartas de crédito. O proprietário se encontra foragido desde a primeira etapa das investigações.
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