A Justiça negou quatro pedidos feitos pela defesa de Márcio Tyrone Conti de Amorim — jovem de 22 anos procurado pela polícia por atropelar dois vizinhos de forma proposital, no final de março deste ano, na Serra. Na decisão desfavorável, publicada nessa segunda-feira (6), foi negada a liberdade do réu, o sigilo do caso, a alegação de incidente mental e a perícia no carro dirigido por ele no atropelamento.
No documento assinado pela juíza Daniela Pellegrino de Freitas Nemer, da 3ª Vara Criminal da Serra, e disponível no site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), constam os requerimentos feitos pelo advogado Pablo Ramos Laranja e as justificativas para os quatro indeferimentos.
Em nota, o advogado Pablo Ramos Laranja afirmou que "a defesa não foi devidamente intimada dessa decisão, o que nos motiva a nos manifestarmos dentro da própria ação no momento oportuno".
Procurada por A Gazeta, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou, na tarde desta terça-feira (7), que Márcio Tyrone Conti de Amorim ainda não deu entrada em nenhuma unidade do sistema prisional capixaba.
Câmeras de segurança flagraram quando Márcio Tyrone Conti de Amorim, de 22 anos, acelerou o carro e atingiu duas pessoas no bairro Cidade Continental, na Serra. O atropelamento proposital aconteceu no dia 31 de março deste ano e tirou a vida de Francisco Carlos do Nascimento, de 63 anos.
Além dele, uma mulher de 50 anos foi atingida, precisou ser socorrida para um hospital, mas recebeu alta, horas depois. Ela caiu perto da calçada e se levantou em seguida. Já a outra vítima permaneceu caída no chão. Com a força do impacto, o para-brisa do automóvel chegou a trincar. Veja:
Na ocasião, a Polícia Militar informou que uma equipe esteve no bairro para verificar uma denúncia de ameaça e encontrou duas pessoas caídas no chão, em decorrência do atropelamento, e que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para prestar socorro.
Na última quinta-feira (2), a Polícia Civil afirmou que continua à procura de Márcio Tyrone e que o inquérito policial havia sido recém-concluído pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, que decretou a prisão preventiva do jovem — que passou a ser considerado foragido.
À frente das investigações, o delegado Rodrigo Sandi Mori disse que o suspeito "ocultou provas (incluindo o veículo usado)" e que em nenhum momento se apresentou para justificar ou diminuir as consequências do ato que o profissional classificou como "covarde, desproporcional e desumano".
Procurado anteriormente pela reportagem, após a publicação desta matéria, o advogado Pablo Ramos Laranja, que faz a defesa de Márcio Tyrone, enviou uma nota dizendo que se manifestará dentro da ação na Justiça. O texto foi atualizado.
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