A Justiça condenou três pessoas — dois irmãos e um comparsa deles — pela morte do técnico em Telecomunicações José Marcos Delfino Chaves, assassinado em junho de 2022 na região da pedreira do bairro Joana D'Arc, em Vitória. A vítima foi encontrada morta no dia seguinte, com sinais de tortura, no bairro Santa Luzia, também na Capital. Foram 13 horas de julgamento, entre a manhã e a tarde de terça-feira (11), até que a sentença fosse anunciada no Tribunal do Júri, no Fórum Criminal de Vitória.
Os três foram condenados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, considerando motivo torpe, meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima, e corrupção de menores. Ao todo, as penas somam 93 anos, oito meses e dez dias de prisão, que devem ser cumpridas em regime fechado.
Foram condenados:
Além do homicídio, os irmãos Jadiane e Jadiel foram condenados por furto, enquanto Jadiel e Jhonorton também foram condenados por ocultação de cadáver. O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) foi representado pelo promotor de Justiça Rodrigo Monteiro, que sustentou os fatos que constam na denúncia e atuou pela condenação.
Após o crime, os acusados empurraram o corpo da vítima até um segundo nível de um paredão da pedreira. Entretanto, no dia seguinte, integrantes do tráfico da região ordenaram que Jadiel e Jhonorton retirassem o corpo do local. Com isso, os dois empurraram o cadáver até uma lagoa.
Posteriormente, ao perceber que o corpo estava boiando na água, Jadiel, junto de outros três acusados, retiraram o cadáver da lagoa, colocaram num veículo e deixaram em uma região do bairro Santa Luzia.
A mando de Jadiane, Jadiel furtou pertences como celular e cartões da vítima. Com os objetos, os irmãos e a adolescente realizaram compras e transferências de valores das contas bancárias de José Marcos Delfino Chaves.
Além dos réus julgados na terça-feira (11), outras três pessoas são envolvidas no crime e irão a julgamento no futuro, segundo o MPES, porque apresentaram recursos à Justiça.
A vítima é José Marcos Delfino Chaves, na época com 46 anos, ex-companheiro de Jadiane. O relato é de que ela contou para o irmão (Jadiel) que o seu ex estaria tendo um relacionamento sexual com uma adolescente, que era namorada de Jadiel.
Os irmãos convenceram a menor a marcar um encontro com a vítima, com a desculpa de que tinha terminado o namoro com Jadiel. No local do encontro, um bar em Resistência, Jadiane estava escondida, e avisou ao irmão quando o casal se encontrou.
A denúncia do MPES relata que Jadiel encontrou a vítima nos arredores do bar e ali começou o espancamento. O técnico José Marcos foi levado até o alto do morro. Jadiane e a menor foram para casa, mas outros dois comparsas se reuniram ao grupo — Jhonortton e um menor. Ele foi agredido com pedaços de madeira e um machado.
Um tempo depois tiveram que retornar ao local, tiraram a vítima da água, colocaram em um carro e levaram para uma área atrás de um supermercado, desta vez no bairro Santa Luiza.
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