Mayke Gonçalves Aragão, de 21 anos, acusado de matar a tiros o empresário Rafael Ridolfi Ferreira, de 31, no dia 10 de agosto de 2018, foi condenado a 22 anos de prisão em júri popular realizado nesta quinta-feira (30), no Fórum de Guaçuí, na Região do Caparaó do Espírito Santo. Na época do crime, a polícia descobriu que a vítima havia sido furtada e, no intuito de recuperar os pertences, se envolveu em uma briga com o acusado e acabou atingida por dois disparos.
Na decisão, a juíza Valquiria Tavares Mattos condenou o réu a 22 anos e dois meses de reclusão pelos crimes de homicídio e furto qualificado. Mayke já havia sido preso logo após o crime e, segundo a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), segue no Centro de Detenção Provisória de Marataízes.
“Rafael Ridolfi era uma pessoa de coração enorme, um menino bom. No mês em que ele faria 35 anos, tivemos o julgamento de sua morte. Isso é emblemático. Então, a sentença condenatória foi um presente à honra e à memória do Rafael!”, afirma a assistente de acusação, a advogada Paulliany de Sousa.
A morte do empresário causou comoção na época do crime. Para o irmão de Rafael, Eduardo Ridolfi, a condenação de Mayke foi um alívio. “Houve a justiça dos homens, um alívio para a família diante da periculosidade do acusado. Em nome da família, gostaria de agradecer a sociedade de Guaçuí por nos apoiar nessa luta. Foram longos três anos de espera pela condenação e isso nos gera um alívio. Rafael nunca será esquecido. Era uma pessoa solícita, de bom coração, tinha sonhos como outros jovens, queria crescer na vida”, lembra.
O empresário Rafael Ridolfi Ferreira, de 31 anos, foi morto a tiros na manhã do dia 10 de agosto de 2018, no bairro Lagoa, em Guaçuí, na Região do Caparaó. Na ocasião, testemunhas contaram para a Polícia Militar que a vítima teria ido ao local para tentar recuperar alguns objetos que haviam sido furtados de sua residência e teria se desentendido com os suspeitos, levando dois tiros durante a briga.
Após o crime, o serviço de inteligência da PM, em apoio à Polícia Civil, conseguiu localizar e prender Mayke Gonçalves Aragão. Ele foi conduzido para a delegacia com outras duas pessoas, que foram liberadas. Na época, havia 20 dias que o então suspeito tinha saído do Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro de Itapemirim. A arma de fogo utilizada no crime foi localizada e recuperada com uma munição intacta e duas deflagradas.
Mayke possui diversas passagens pela polícia por vários crimes, entre eles furto, violação de domicílio e ameaça. A reportagem de A Gazeta tenta contato com a defesa do réu e, assim que houver um posicionamento, este texto será atualizado.
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