Após passar por uma audiência de custódia na manhã desta segunda-feira (12), o cabo Márcio Borges Ferreira, da Polícia Militar do Espírito Santo, teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pela Justiça. Ele foi autuado como o responsável pelo assassinato da esposa, a professora Kátia Matos da Silva Ferreira, na noite desse domingo (11), em Vitória.
Na decisão proferida pelo juiz Roberto Luiz Ferreira consta que, contra o policial, já tinham dois registros criminais: uma ação penal e uma medida protetiva. Além disso, no auto da prisão em flagrante, há relatos de testemunhas que indicam a brutalidade com a qual a vítima foi tratada, pouco antes de levar dois tiros.
No documento, o juiz também destaca que o crime foi cometido na frente da filha do casal, que tem apenas dez anos de idade. De acordo com vizinhos, após os disparos, a criança saiu correndo pelo prédio, pedindo ajuda. A própria família de Kátia ficou sabendo o que tinha acontecido pelo telefonema da menina.
Durante a audiência de custódia, a defesa do cabo Márcio Borges Ferreira pediu a instauração de "incidente de insanidade". Entretanto, o juiz entendeu que o pedido "deverá ser direcionado ao Juízo Natural, por entender que este Juízo não é competente para apreciação do pedido".
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o militar foi conduzido ao Plantão Especializado da Mulher na própria noite do crime e autuado em flagrante por homicídio qualificado (por motivo fútil, por impossibilitar a defesa da vítima e em contexto de violência doméstica) e majorado (por ter sido na frente da filha).
Antes de ser encaminhado ao presídio do Quartel da Polícia Militar, no bairro Maruípe, em Vitória, o policial Márcio Borges Ferreira se queixou de mal-estar e dor de cabeça. Por isso, ele chegou a ser levado ao Hospital da Polícia Militar (HPM), também na Capital, onde passou por atendimento médico.
No que diz respeito ao âmbito interno, a Corregedoria da Polícia Militar afirmou que ainda aguarda o envio da cópia do auto de prisão em flagrante, feito pela Polícia Civil, para verificar qual o procedimento administrativo que cabe ser instaurado. A corporação garantiu que a arma utilizada pelo militar já foi apreendida.
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