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Justiça mantém cabo da PM preso por morte da esposa em Vitória

Justiça mantém cabo da PM preso por morte da esposa em Vitória

Audiência de custódia de Márcio Borges Ferreira aconteceu nesta segunda-feira (12); o crime foi no domingo (11), na frente da filha de dez anos do casal

Publicado em 12 de abril de 2021 às 13:53- Atualizado há 4 anos

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O policial militar Márcio Borges Ferreira ao lado da esposa Kátia Matos, que foi assassinada com tiro de arma de fogo no domingo (11)
O policial militar Márcio Borges Ferreira ao lado da esposa Kátia Matos, que foi assassinada com tiros de arma de fogo no domingo (11). (Reprodução | Redes Sociais)

Após passar por uma audiência de custódia na manhã desta segunda-feira (12), o cabo Márcio Borges Ferreira, da Polícia Militar do Espírito Santo,  teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pela Justiça. Ele foi autuado como o responsável pelo assassinato da esposa, a professora Kátia Matos da Silva Ferreira, na noite desse domingo (11), em Vitória.

Na decisão proferida pelo juiz Roberto Luiz Ferreira consta que, contra o policial, já tinham dois registros criminais: uma ação penal e uma medida protetiva. Além disso, no auto da prisão em flagrante, há relatos de testemunhas que indicam a brutalidade com a qual a vítima foi tratada, pouco antes de levar dois tiros.

Aspas de citação

O autuado teria chegado ao prédio onde residia com a vítima, sua companheira, e a arrastado no corredor do prédio pelos cabelos e a jogado no interior da residência, trancando-a no local

Roberto Luiz Ferreira
Juiz, no texto da decisão proferida nesta segunda-feira (12)
Aspas de citação

No documento, o juiz também destaca que o crime foi cometido na frente da filha do casal, que tem apenas dez anos de idade. De acordo com vizinhos, após os disparos, a criança saiu correndo pelo prédio, pedindo ajuda. A própria família de Kátia ficou sabendo o que tinha acontecido pelo telefonema da menina.

Durante a audiência de custódia, a defesa do cabo Márcio Borges Ferreira pediu a instauração de "incidente de insanidade". Entretanto, o juiz entendeu que o pedido "deverá ser direcionado ao Juízo Natural, por entender que este Juízo não é competente para apreciação do pedido".

HOMICÍDIO QUALIFICADO E MAJORADO

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o militar foi conduzido ao Plantão Especializado da Mulher na própria noite do crime e autuado em flagrante por homicídio qualificado (por motivo fútil, por impossibilitar a defesa da vítima e em contexto de violência doméstica) e majorado (por ter sido na frente da filha).

Antes de ser encaminhado ao presídio do Quartel da Polícia Militar, no bairro Maruípe, em Vitória, o policial Márcio Borges Ferreira se queixou de mal-estar e dor de cabeça. Por isso, ele chegou a ser levado ao Hospital da Polícia Militar (HPM), também na Capital, onde passou por atendimento médico.

CORREGEDORIA DA PM AINDA AGUARDA

No que diz respeito ao âmbito interno, a Corregedoria da Polícia Militar afirmou que ainda aguarda o envio da cópia do auto de prisão em flagrante, feito pela Polícia Civil, para verificar qual o procedimento administrativo que cabe ser instaurado. A corporação garantiu que a arma utilizada pelo militar já foi apreendida.

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