Após o recebimento de alvará de soltura no último dia 26, o suspeito de matar o capoeirista Cuarassy Pedro Medeiros Del Nery, de 39 anos, o músico Tiago Passos Viana foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Conceição da Barra. O crime ocorreu após uma discussão, em Itaúnas, em 18 de dezembro de 2020.
O MPES pediu que o denunciado seja submetido a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri por ter cometido homicídio por motivo fútil e que seja condenado nas sanções do artigo 121, §2º, II, do Código Penal. O MP requer ainda a prisão preventiva de Thiago para garantir a ordem pública e a instrução processual.
A denúncia relata que o acusado confessou ter adquirido, sem registro, uma arma de fogo cinco dias antes do crime e passou a andar com o armamento em local público. Após cometer o crime, jogou a arma em um rio, para impedir a perícia, dificultando as investigações e a produção de provas.
Procurado pela reportagem, o advogado do acusado, Lucas Scaramussa, informou, por volta das 19h20, que Tiago Passos Vianna e defesa ainda não foram intimados ou citados quanto à conclusão das investigações ou oferecimento de denúncia. "Assim que tivermos conhecimento iremos nos manifestar. Tiago encontra-se à disposição da Justiça para qualquer ato processual”, afirmou.
De acordo com informações do MP, o crime ocorreu quando a vítima trabalhava em uma loja. Na ocasião, o denunciado chegou ao local e os dois iniciaram uma discussão e entraram em luta corporal. Mesmo com moradores pedindo que o acusado se afastasse, ele foi ao interior de uma pousada e, após pegar uma arma de fogo, atirou contra a vítima, que morreu no local.
Para o MPES, o acusado cometeu o homicídio por motivo fútil, já que tinha uma rixa anterior com uma pessoa, de quem a vítima teria tomado as dores. Essa situação foi relatada pelo próprio denunciado em um áudio enviado por aplicativo de celular. O MP inclusive juntou aos autos um áudio enviado pelo acusado a uma pessoa não identificada, logo após o crime, confessando que, além de ter cometido o homicídio, iria apagar do aplicativo a mensagem em que relata esses fatos.
A defesa respondeu após a publicação da reportagem. O texto foi atualizado.
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