Drielli Figueiredo Pires, de 28 anos, assassina confessa do próprio filho, Gabriel Figueiredo Pires, de 7 anos, afirmou em depoimento à autoridade policial que sufocou o menino com uma sacola, na frente de outras duas crianças, estas com 2 e 6 anos de idade. Depois disso, conforme decisão em audiência de custódia presidida pela juíza Raquel de Almeida Valinho, a suspeita teria então enrolado o corpo da vítima em um pano e colocado embaixo da cama, "na intenção de ocultar o cadáver".
Drielli teve ainda a prisão preventiva decretada pela Justiça capixaba nesta segunda-feira (7), após ter sido presa em flagrante no último domingo (6). A mulher, grávida de 9 meses, declarou à magistrada que faz uso de medicação controlada. Neste sentido, Valinho determinou que ela deverá ser, antes de levada à prisão, conduzida sob escolta ao Hospital Estadual de Atenção Clínica (HEAC), em Cariacica, para receber atendimento hospitalar de urgência e emergência psiquiátrica.
Drielli conta com dois registros criminais prévios, sendo um termo circunstanciado por maus-tratos e outro termo por ameaça, sendo que ambos continuam tramitando no Judiciário.
Pela análise da magistrada, foi possível concluir que "a liberdade da autuada, neste momento, se mostra temerária e a prisão preventiva, oportuna, uma vez que esta em liberdade poderá voltar a cometer atos da mesma natureza, intimidar testemunhas e se evadir do distrito de culpa", disse em decisão.
A defesa de Drielli Figueiredo Pires, feita pelo advogado Pedro Ramos, disse, por meio de nota, que "se reservará no direito de analisar o caso e manifestar-se no desenrolar do processo, asseguradas as garantias constitucionais da mesma [sic]".
Um ex-namorado de Drielli contou para a reportagem da TV Gazeta que em dezembro do ano passado já havia procurado o Conselho Tutelar do município para registrar uma denúncia contra a mulher.
Segundo o homem, Drielli é muito agressiva e tentou matá-lo. Ele contou que fez a denúncia no Conselho Tutelar pois ela também estava tentando contra a vida dos filhos e, por isso, procurou o Conselho no dia 16 de dezembro.
O pai de Drielli, que mora na Bahia, disse que ela tem outros filhos. Uma das crianças foi doada quando ainda era bem pequena. O filho mais velho da mulher mora com o avô na Bahia; uma outra criança, de 3 anos, foi levada pelo pai para a Região Serrana do ES. O menino que morreu, de 7 anos, era o filho do meio. O garoto de 5 anos, que estava com ela no momento da prisão, foi levado para o Conselho Tutelar.
O pai de Drielli alegou não ter condições de vir para Vitória para fazer a liberação do corpo do neto Gabriel Figueiredo Pires, que completaria 8 anos agora em julho. Na certidão de nascimento da criança não consta o nome do pai. O avô contou que o pai do menino mora no Paraná, onde cumpre pena em um presídio. Por isso, ainda não se sabe quem virá ao Departamento Médico Legal para fazer a liberação do corpo.
O corpo do menino foi encontrado pela Polícia Militar durante a manhã deste domingo após uma denúncia anônima. Policiais militares foram até o local onde a família vivia, uma casa alugada, e encontraram o corpo do menino escondido.
Ele estava enrolado em um lençol, com marcas de sangue, dentro da casa onde a mãe morava. Ao lado do corpo, foi encontrada uma machadinha. A perícia da Polícia Civil, no entanto, afirmou à reportagem da TV Gazeta que a criança morreu asfixiada. No momento da chega dos policiais, Drielli não estava no local. Ela foi encontrada logo depois, caminhando pela região, com um outro filho, de 5 anos.
Drielli foi levada para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde prestou depoimento. Segundo a polícia, "ela disse que o filho era muito rebelde" e, por isso, o matou. Ela contou à polícia que usou um travesseiro para asfixiar a criança até a morte. Depois, enrolou o menino em um lençol e escondeu o corpo. A mãe ainda teria tentado se livrar do corpo e fugir, mas não conseguiu.
Com a mulher, foram encontrados uma bolsa com uma garrafa de bebida, um pino de cocaína, celular e dinheiro, de acordo com a Polícia Militar. O Conselho Tutelar foi acionado.
Há suspeita de que o assassinato tenha sido cometido há dias, mas que só tenha sido descoberto neste domingo, após uma denúncia anônima.
Uma vizinha contou que Drielli estava tendo comportamentos estranhos desde a sexta-feira (4), usando apenas roupas pretas e dizendo estar de luto pela morte de algum familiar.
Vizinhos ouvidos pela reportagem da TV Gazeta relataram que a criança morta não morava com a mãe e passava apenas alguns dias com ela.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que a mulher foi autuada pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e posse de entorpecentes para consumo próprio. Ela foi encaminhada ao Centro de Triagem de Viana (CTV).
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