A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10), a Operação Vergel, que visa a desarticular um esquema criminoso de fraudes eletrônicas envolvendo contas bancárias de várias instituições financeiras no Brasil. O principal alvo da ação foi um homem de 47 anos, na cidade de Maceió (AL), que teria recebido mais de 30 transferências fraudulentas, só da Caixa Econômica Federal, somando um prejuízo superior a R$ 30 mil.
O mandado de busca e apreensão foi expedido pela 2ª Vara Federal Criminal de Vitória, no Espírito Santo, e faz parte de uma investigação mais ampla, decorrente de uma outra operação batizada como "Não Seja Um Laranja 2", realizada pela PF em maio de 2023. Na ocasião, outra pessoa, uma moradora de Praia de Carapebus, na Serra, foi alvo da PF por receber mais de 10 boletos bancários pagos com valores de vítimas que possuíam contas bancárias da Caixa.
Durante as investigações, a polícia descobriu que parte dos valores transferidos para a mulher da Serra eram encaminhados para contas do homem de Maceió, indicando a existência de um esquema complexo de movimentação de dinheiro entre várias camadas de contas bancárias, muitas delas digitais. O objetivo seria dificultar o rastreamento dos valores e das pessoas envolvidas.
A operação Não Seja Um Laranja faz parte do Projeto Tentáculos, um acordo de cooperação técnica firmado em 2017 entre a Polícia Federal e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), focado no combate a fraudes bancárias eletrônicas. Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal, nos últimos anos, houve um aumento na participação de pessoas físicas em esquemas criminosos. Essas pessoas servem como "laranjas" e emprestam suas contas bancárias para receber valores ilícitos.
No comunicado, a corporação ainda faz um alerta. "Emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos, quer pelo potencial ofensivo deste tipo de conduta delitiva, que tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas, como também pelos prejuízos financeiros a milhares de brasileiros", diz o texto enviado à reportagem.
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