O professor de Matemática André Luiz Ferreira, de 43 anos, preso por importunação sexual passou por audiência de custódia e foi solto pela Justiça. Ele havia sido detido no sábado (15), após uma frentista de 38 anos, que estava sentada ao lado dele em um ônibus do sistema Transcol, relatar o abuso. Na delegacia, foi autuado e encaminahdo ao presídio.
Conforme informações da assessoria da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), André Luiz deu entrada no Centro de Triagem de Viana (CTV) no sábado, e foi liberado em audiência de custódia. Por e-mail, a reportagem solicitou a decisão ao Judiciário para outros dados sobre a liberação, mas não houve retorno.
Em depoimento, a frentista contou que havia embarcado em um ônibus no Terminal de São Torquato, em Vila Velha, e, quando passava pelo Centro de Vitória, sentiu o primeiro toque na perna. A princípio, ela pensou que André tentaria roubar a mochila dela, que estava no colo, quando percebeu o movimento. A frentista acertou a posição da bolsa e voltou a atenção ao celular e, segundo afirmou, neste momento André Luiz colocou a mão na fenda da saia e tentou tocar as partes íntimas da vítima.
"Quando vi, o cara enfiou a mão na fenda da minha saia, que era longa, e puxou minha calcinha. Já dei logo um tapão na cara dele", descreveu.
Com a reação da frentista, André Luiz tentou fugir, mas foi segurado pelos passageiros. A Polícia Militar foi acionada e encontrou o professor contido pelas testemunhas, na Avenida Princesa Isabel. Ele — que dá aulas para um curso de Administração em uma escola técnica da Grande Vitória — disse aos militares ter achado que a vítima havia gostado quando ele passou a mão na perna dela e, por isso, decidiu colocar a mão por baixo da saia.
No dia em que esta matéria foi publicada, a reportagem tentou localizar a defesa de André e esclareceu textualmente que o espaço seguia disponível para manifestação. No dia 17 de julho, o advogado Leonardo de Andrade Carneiro informou que os fatos serão devidamente esclarecidos junto ao Poder Judiciário e que o processo está em segredo de Justiça.
Ressaltou ainda que André declarou — tanto na delegacia quando na audiência de custódia — que "achou a vítima atraente e se interessou, tendo percebido que ela [frentista] teria correspondido piscando os olhos", e, assim, colocou a mão sobre a perna dela. Ainda segundo a defesa, o professor negou que teria tocado nas partes íntimas da mulher e puxado a calcinha dela.
Ainda segundo o advogado, André é réu primário e nunca foi processado. A Justiça concedeu liberdade provisória a ele após realização de audiência de custódia.
Após a publicação da reportagem, a defesa do professor enviou posicionamento. O texto foi atualizado.
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