O tenente-coronel Carlos Alberto Foresti foi absolvido, em segunda instância, pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJES) da acusação de ter incitado a greve da Polícia Militar do Espírito Santo ocorrida em fevereiro de 2017. A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo julgou recurso do Ministério Público Estadual nesta quarta-feira (21), decidindo por manter sua absolvição.
Sobre o assunto, Foresti comemorou nas redes sociais, agradecendo à Justiça e dizendo que ficou provado que ele agiu em defesa da corporação da qual faz parte, a Polícia Militar.
Na época da paralisação, Carlos Alberto era chefe do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), no Ciodes, e foi hospitalizado após um surto na primeira semana da greve.
Segundo ele, em audiência realizada ainda em 2018, durante os fatos ocorridos, ele só teve uma preocupação: a segurança de sua tropa. Segundo ele, no dia 8 de fevereiro ele passou mal e teve um “surto” ao ouvir um áudio com som de tiros e de militares pedindo socorro. Foresti contou que foi atendido por um psiquiatra que o diagnosticou com estresse agudo pós-traumático. Questionado pelo seu advogado de defesa, o acusado afirmou que não deu ordem para fechar nenhum batalhão e que não impediu a regular atuação da Polícia Militar.
Até o momento de publicação desta reportagem, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) não havia disponibilizado a decisão. A Gazeta tentou contato com Carlos Alberto Foresti e Luiz Antônio Tardin, responsável pela defesa dele.
Em contato com a reportagem nesta quinta-feira (22), o advogado comemorou a absolvição de Foresti e explicou que a tese defendida no processo comprovou a inocência do militar.
"Desde o início alegávamos que Foresti nada tinha de relação com o movimento grevista desencadeado em fevereiro de 2017. Ele ainda estava no cargo à frente do Ciodes, mas aguardando a nomeação para ser transferido. Ao saber da situação de risco extremo que dois policiais passaram no dia 8 de fevereiro daquele ano, o Foresti teve um surto e isso ficou comprovado com um laudo médico. Conseguimos provar a inocência e que não há relação alguma dele com a greve", explicou Tardin.
Ainda de acordo com a defesa, o tenente-coronel foi absolvido por unanimidade e segue exercendo as funções dentro da corporação.
Em nota enviada também na manhã desta quinta-feira (22), a PM informou que não irá comentar o assunto.
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