> >
Trio é condenado a mais de 20 anos de prisão por morte de idosa

Trio é condenado a mais de 20 anos de prisão por morte de idosa

Neusa Ribeiro foi morta dentro da própria casa por Max Macedo Nolasco, Rodrigo Ramos Santos e Lucilene Laiola Machado, em agosto do ano passado

Publicado em 24 de junho de 2023 às 15:26

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Caso foi registrado em Ilha das Flores, Vila Velha, nesta quarta-feira (31); vizinhos estranharam o portão aberto e encontraram o corpo de Neusa Costa Ribeiro
Neusa, no destaque, foi morta dentro de casa, no bairro Ilha das Flores, em Vila Velha. (Caíque Verli / Acervo familiar)

A Justiça condenou, na sexta-feira (23), os três acusados pelo assassinato da aposentada Neusa Ribeiro da Costa, de 88 anos, a mais de 20 anos de prisão, em regime fechado. A condenação foi pela prática de latrocínio — roubo seguido de morte. Max Macedo Nolasco e Rodrigo Ramos da Silva Santos foram sentenciados a 25 anos de reclusão e Lucilene Laiola Machado, a 24 anos e seis meses. O crime ocorreu em 31 de agosto do ano passado, na Ilha das Flores, em Vila Velha

Em depoimento à Justiça, Max admitiu ter aproveitado que o portão da casa da aposentada estava destrancado, quando Neusa entrou para procurar dinheiro que havia pedido a ela. Disse, ainda, que amarrou a vítima, mas negou que a tivesse asfixiado ou agredido até a morte. Rodrigo o acompanhava e Lucilene, companheira de Max, ficou do lado de fora. 

Já Rodrigo negou sua participação, enquanto Lucilene falou que estava em casa no momento do latrocínio. Entretanto, o juiz Flávio Jabour Moulin, da 7ª Vara Criminal de Vila Velha, a partir de outros depoimentos e informações dos autos, concluiu que os três praticaram o crime.

"Verifico que os réus, mediante grave ameaça, subtraíram da residência da vítima Neusa Ribeiro da Costa, dois anéis, um brinco, um aparelho televisor, duas garrafas de bebida alcoólica, peças de carne e uma corrente de cor dourada", relaciona o magistrado, na sentença. 

Flávio Moulin destacou ainda que, enquanto Lucilene dava cobertura para a ação, Max e Rodrigo levaram a idosa, que tinha Alzheimer e diabete, para um quarto da residência, no qual amarraram Neusa pelos pés e pelas mãos e a agrediram na região frontal da cabeça e no nariz, jogando-a no chão.

"Como se não bastasse tamanha violência empregada contra a idosa, assim que esta passou a gritar por socorro foi violentamente sufocada com o emprego de lençol, sendo morta por asfixia (por obstrução de vias respiratórias)", descreve o juiz na sentença. 

O magistrado observou também que, independentemente do que cada um vez naquele dia, todos concorreram para o crime.  “Não há que se falar em participação de menor importância quando resta demonstrado que o agente contribuiu para a realização do crime de latrocínio, em unidade de desígnios, sendo a sua participação de extrema relevância para a empreitada criminosa.”

ENTENDA O CASO

A aposentada Neusa Ribeiro da Costa, 88 anos, foi encontrada morta com os pés amarrados à cama na casa onde ela morava, no bairro Ilha das Flores, em Vila Velha. Ela tinha se recusado a dar dinheiro para o trio, que é usuário de drogas e constantemente ia à casa dela pedir doação. O motivo foi revelado a agentes da Guarda de Vila Velha por um dos presos pelo crime. O caso aconteceu na noite de 31 de agosto do ano passado e os três foram presos pela guarda na manhã seguinte. 

Max, Rodrigo e Lucilene foram encontrados pela Guarda Municipal de Vila Velha no bairro Vila Batista. Na residência do casal, estavam a televisão e as joias roubadas da casa de Neusa. Já na época, a Polícia Civil informou que os suspeitos haviam sido autuados por latrocínio e foram encaminhados ao Centro de Triagem de Viana (CTV).

Em nota, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que Max e Rodrigo estão no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Vila Velha e Lucilene está no Centro Prisional Feminino de Cachoeiro de Itapemirim.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais