A justiça condenou o acusado Magnun Buzatto Marques de Almeida por lesão corporal grave nesta sexta-feira (2). Ele foi acusado de espancar a então namorada, Mônica Peccini Mardegan, de 36 anos, após uma festa em 2017. O caso foi a júri popular no Fórum Desembargador Horta de Araújo, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo.
No final da tarde, após voto do júri em vários quesitos, o juiz da 1ª Vara Criminal, Bernardo Fajardo Lima, absolveu o réu da tentativa de homicídio e o condenou ao crime de lesão corporal grave. Magnun Buzatto Marques de Almeida, seguirá em liberdade, e terá que responder a medidas restritivas.
O julgamento começou durante a manhã. Uma manifestação em apoio à vítima, promovido por representantes da União Cachoeirense de Mulheres (UCM), foi realizado na porta do Fórum.
Após a decisão do júri, a advogada de Mônica, Luciana Ferrareis Roli, afirmou que a procuradoria irá recorrer da decisão para que Magnun seja condenado à lesão corporal gravíssima.
Já a defesa de Magnun Buzatto Marques de Almeida, representada pelas advogadas Arlete Barreto de Araújo Silveira e Márcia Pruccoli Gazoni, informou que estão felizes com o sucesso da tese defensiva que foi lesão corporal de natureza grave. “Os jurados entenderam e fizeram a justiça esperada e pleiteada em nosso trabalho. Magnum seguirá a vida, cumprirá a pena em regime aberto, o que, sem dúvida, é a resposta justa para o delito de lesões corporais”, disse.
A vítima Mônica Peccini Mardegan, de 36 anos, teve os dentes quebrados, uma fratura no nariz e ficou oito dias sem conseguir abrir os olhos devido aos hematomas. Ela foi agredida por Magnun Buzatto Marques de Almeida no dia 17 de junho de 2017, depois de uma festa de aniversário, no distrito de Burarama, interior do município de Cachoeiro.
Eles tiveram um relacionamento de nove meses. “Fomos a um aniversário do avô dele. Eu dancei com o tio dele e ele com uma tia. Depois disso, ele me chamou para ir embora. No caminho, parou o carro e começou a me dar socos no rosto, até me mordeu. Eu pedia para ele parar, mas ele me jogou para fora do carro, no asfalto, e tentou me esganar. Pensei naquela hora que iria morrer”, relembra a vítima.
Depois de agredi-la, Magnun a teria colocado novamente no carro e a ameaçado, dizendo que a jogaria em um açude da região. No trajeto, ele teve que passar por uma praça, onde Mônica abriu a porta do veículo para pedir ajuda e, vendo seu estado, moradores conseguiram parar o agressor e socorrê-la.
Dois meses após o fato, o acusado chegou a ser preso por 14 dias.
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